Conquistar uma função executiva exige trabalho e empenho por parte das mulheres, uma vez que ainda vivemos numa sociedade conservadora e machista. É isso mesmo que torna este livro actual e útil.Através do testemunho de gestoras que lideram grandes empresas em Portugal a autora retira lições de gestão, liderança e carreira e faz uma reflexão sobre o papel da mulher trabalhadora e/ou executiva na sociedade contemporânea.É habitual ouvir dizer que as mulheres precisam de trabalhar o dobro, provar em triplo e depois, sim, conseguem alcançar o topo. Muitas vezes ficam com atitudes masculinas em termos de combatividade e agressividade, mas é bom não esquecer que o que as diferencia é o seu sexto sentido, maior abertura para ouvir os outros e capacidade de lidar com várias tarefas ao mesmo tempo. Trunfos de quem lidera empresas, contrariando o destino e ainda consegue não adiar a maternidade.O tema do equilíbrio entre a carreira e a família ganha cada vez maior peso na sociedade e ainda mais quando as mulheres ocupam lugares de topo. Deverão elas demitir-se do seu papel de mães, porque são executivas? Não. Aliás, a maternidade e a educação dos nossos filhos é um “imperativo nacional”.Este livro pretende ser um instrumento de trabalho e não um “quem é quem” ou feira de vaidades. Também não é um manifesto feminista: aqui não se procura o acesso aos lugares de topo através de quotas impostas por decreto. O mérito é que conta. O objectivo desta obra é ser uma fonte de informação e inspiração para quem quer fazer carreira nas grandes organizações e chegar ao topo.O livro aborda a ascensão da mulher no ambiente profissional, as diferenças de género na gestão, a capacidade de luta, a gestão das emoções, liderança, visibilidade nas empresas, a conciliação de gravidez e dos filhos com funções de responsabilidade, os falsos proteccionismos como as quotas, os ingredientes para subir na carreira e com que armas se pode preparar para o futuro.A obra dá a conhecer uma vertente menos mediatizada de algumas das melhores executivas portuguesas, por vezes, abafada pelas notícias das empresas ou pelo protagonismo de um mundo profissional que ainda é maioritariamente masculino, ao nível de cargos de topo. Entre as empresas cotadas no PSI-20, na bolsa portuguesa, existem poucas administradoras. Em 2009, entre os 418 administradores - executivos e não executivos - apenas 18 são mulheres, ou seja, só 4,8% dos gestores da bolsa são do sexo feminino. Ocupam 20 cargos, dos quais apenas 9 são lugares executivos. Portugal tem uma das médias mais baixas da União Europeia. As mulheres que administram empresas cotadas no PSI-20 são algumas das seleccionadas para integrar esta obra a que se juntaram outros nomes incontornáveis da economia nacional.A autora acredita que este livro pode ter um papel social e pedagógico. Além disso, pretende dar um contributo simbólico para o bem-estar de outras mulheres que, não tendo a ambição de liderar organizações, são mães que lutam e que se defrontam com adversidades. Por isso mesmo, parte dos direitos de autor da venda deste livro reverte a favor da Ajuda de Mãe. A escolha desta instituição contou com a votação das executivas entrevistadas para a elaboração desta obra.