Uma família normal em que o pai, um liberal dos anos sessenta, resolve dar haxe ao filho e fumar com ele, convencido de que assim o "solta" mais porque o filho é um marrão muito atado com as raparigas. O resultado é que, a partir daí, a vida do filho vai por água abaixo, arrastando com ele toda a família.
No livro fica a perceber-se que o haxe contém hoje em dia substâncias muito mais viciantes do que antigamente, ou seja, já não é apenas uma droga recreativa."Haxe", cujos capítulos parecem dividir-se em sequências, foi escrito com o realismo e a rapidez de acção próprias do cinema; as personagens parecem saltar do papel e encarnar ao nosso lado, conseguimos sentir-lhes tanto o cheiro como o desespero. Ao ler o livro, o leitor poderá respirar fundo nalguns momentos de humor e de ternura, mas a vertiginosa metamorfose dos heróis em anti-heróis deixá-lo-á sem fôlego.
No entanto, esta é acima de tudo uma história para dar que pensar: por ser baseada em factos verídicos, por fazer vacilar os alicerces de algumas crenças liberalizantes e por denunciar as posturas geracionais que não resistem aos dias de hoje.
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