Milhares de sportinguistas ainda hoje se interrogam como foi possível o seu Clube – pioneiro na construção de um estádio, na constituição de uma SAD, na construção de uma academia ou na ida para a bolsa, isto é, com um projeto inovador que apontava para uma inequívoca liderança do futebol português – ter batido no fundo, colocando-se a si mesmo à beira da falência, ao mesmo tempo que realizava as piores temporadas da sua história. Porque acumulou afinal tantos prejuízos, passou por tamanhas dificuldades de tesouraria e acumulou, época atrás de época, frustrantes insucessos desportivos?
Este livro, baseado em histórias desconhecidas do grande público e vividas por Carlos Severino enquanto jornalista, mas principalmente como funcionário de topo do grupo Sporting, onde dirigiu durante anos o gabinete de comunicação, dá a resposta a tantas e tão pertinentes interrogações. Mas não só: mostra-nos ainda como funcionavam os bastidores do futebol português a partir dos famosos relatórios que Marinho Neves produziu semanalmente para Dias da Cunha, e que permitiram ao ex-presidente leonino aparecer publicamente a falar no “sistema” e a apontar frontalmente o dedo aos seus principais responsáveis.